quinta-feira, 22 de julho de 2010

Historinha (Rafael C.S)


Era uma vez,
Um cara perdido,
Cego e confundido
Na poeira do que se desfez

Ele se pôs numa jornada,
Um tesouro queria achar,
De tão triste chegou a ser engraçada,
Pois não pôde jamais encontrar

Mas continuou,
Persistente,
E quando se enganou,
Foi ficando doente

Na doença devaneava:
-Procuro no mundo errado,
Esse não era o que eu esperava,
Ver as pessoas se deixarem de lado

Talvez se fosse no passado?
Lá,
No tempo de castelos,e princesas
Poderia ter achado...

Entre tantas incertezas,
Foi ficando desolado

Doente,
Desolado,
O que ele sente?
Um desperdício ser revelado 

....

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Sendo dois (Rafael C.S.)

Talvez minhas pobres palavras
Não passem de algo vão
Morreram sem poderem ser salvas
Ferindo meu coração

Que agora
Não sabe a verdade,
Já não chora ,
E vive pela metade

Ao primeiro perigo se esconde
Assustado não quer se mostrar
Se pergunta o que ninguém responde
Como pode o amor machucar?

Se alguém tem guardada em seu peito
Algo assim parecido com o meu
Machucado,sedento e sem jeito
Venha logo,junte o meu com o seu

E quem sabe a paz chegará
Nossos sonhos poderemos mesclar
Sendo dois o tempo não apagará
Tudo aquilo que o amor juntar

domingo, 18 de julho de 2010

Um conto já visto antes (Rafael Cruz da Silva)

Inesperado,
surpresas,
boas,
Assustado,
as acho tolas,
E sempre tento "adivinhar" o futuro
Sempre erro,
E constatar é tão duro.

Minha história feliz queria contar,
Escrita com  giz,
foi tão fácil apagar,
E tudo se desfez no ar
Até a própria memória
Sem dor e sem glória
Não quis mais lembrar

Coração culpado do meu pesar
Te sinto pulsar,
Te sinto apertar,
E de novo pulsar
Pulsar,pulsar,
Chorar,
E por favor:-Socorro!
Apertar,
E como outrora morro,
Sem a morte encontrar!

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Sapo (Rafael C.S.)

O  Deserto...
e a multidão,
fui descoberto?
Ainda não...
E o tempo perene,
nos permite esperar,
Minha alma gela,
O corpo treme,
a donzela pude avistar,

De um cavalo branco eu preciso,
A princesa quero carregar,
Mas tolo me falta o juízo,
Sou sapo, não príncipe...
Até ela me beijar!