quinta-feira, 19 de novembro de 2009

constações...

Escrever no blog algo meu e não dos outros me ocorreu hoje,
embora partilhe de todos pensamentos, frases, poesias e etc q aki estão postados,
usarei minhas palavras para descrever constatações minhas.
Hoje reparei que tudo está mudando,"de novo?'' me perguntei.
Mas a verdade é tudo muda,o tempo todo.
Pessoas q me pareciam admiráveis antes, agora me despertam indiferença,
até mesmo desprezo ás vezes.
Porque???
Motivos,pra q citá-los?
Motivos podem ser inventados, sentimentos não.
E eu sinto.Nem ligo p os motivos.
Constatei também q por muito tempo,
esperei a estabilidade para realizar certas coisas,e ela não veio,
e não realizei nada.
Ao sentir o sofrimento de uma amiga, me lembrei do meu,
me lembrei de Goethe,e Os sofrimentos do jovem Werther retratados no livro d mesmo nome.
algumas partes...

"Quantas vezes tenho de ninar meu sangue revolto até acalmá-lo. Tu sabes que não existe no mundo nada tão instável, tão inquieto quanto o meu coração (...) É por isso que trato meu coraçãozinho como uma criança doente, satisfazendo-lhe todas as vontades".

"Só Deus sabe quantas vezes vou dormir desejando nunca mais despertar; e pela manhã, quando abro os olhos e torno a ver o sol, sinto-me um desgraçado. Ah, se eu fosse um maluco, poderia jogar a culpa no tempo, em outra pessoa, num projeto fracassado, e assim o peso insuportável da minha dor poderia ser dividido. Que desgraçado sou: sei perfeitamente que sou o único culpado... não exatamente culpado, mas é em mim que está a fonte de todos os meus males, como outrora a fonte de toda a minha felicidade. Não sou mais o homem que outrora nadava num mar de rosas, e a cada passo via surgir um paraíso, e cujo amor era capaz de abranger o mundo inteiro? Mas o coração que assim pulsava está morto, dele não brota mais nenhum encanto; meus olhos, agora secos, não se refrescam mais de lágrimas benfazejas, e a angústia abafa os meus sentidos e enruga a minha fronte. Sofro ainda mais ao verificar que perdi aquilo que dava encanto à minha vida, sagrada e tumultuosa força graças à qual podia criar mundos e mundos a meu redor. Essa força acabou. Quando contemplo da minha janela o sol da manhã romper a bruma sobre a colina distante, iluminando a campina silenciosa no fundo do vale, e vejo o rio correndo suavemente para mim e serpenteando entre os salgueiros desfolhados, essa natureza me parece fria e inanimada como uma estampa colorida – agora toda essa magnificência não consegue fazer passar para o meu cérebro nenhuma gota de felicidade do meu coração, (...)"


"Perdi toda a minha capacidade de criação, a qual cedeu lugar a um misto de indolência e agitação. Não posso ficar ocioso e, no entanto, nada posso fazer. Não tenho mais imaginação, nem sensibilidade pela natureza, e os livros só me inspiram tédio.
Tudo nos falta quando faltamos a nós próprios."

 Bom, é isso,assim sou,estou,
Dores,contatações,dúvidas e sofrimentos
Os meus,de Goethe,do jovem Werther, os nossos.
Voltaremos todos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário